A Globo, como sempre, se superando em suas produções. Assisti já as duas temporadas de Desalma, uma história de terror, mistério, suspense, que reúne mitologia, superstição, segredos ocultos, e tradições ucranianas. Sim, Desalma se passa numa comunidade Ucraniana no Sul do Brasil, o que atrapalhou um pouco sua divulgação pois estreou um pouco antes da guerra na Ucrânia.
Aliás, uma fala de um dos personagens logo no primeiro episódio, assusta, e parece uma premonição: "Os ucraínos resistem a qualquer coisa: a Rússia, Chernobyl, três guerras mundiais se for preciso", diz Roman Skavronski (Nikolas Antunes). Seria uma premonição da guerra que estava por vir? Afinal, as filmagens desses episódios aconteceram em 2018, quatro anos antes da guerra começar.
As duas temporadas da série foram ambientadas nas cidades de Antônio Prado (RS) e São Francisco de Paula (RS), na serra gaúcha. Criada e escrita por Ana Paula Maia, conta com a direção de João Paulo Jabur e Pablo Müller e sob a direção geral e Carlos Manga Jr..
A história se passa na fictícia comunidade de Brígida, no Rio Grande do Sul. A história começa em 2020, com a morte de um dos personagens. Aos poucos, descobrimos que toda a cidade vive em torno de um fato que aconteceu há cerca de 30 anos. Em 1988, o desaparecimento de uma jovem chocou a população de Brígida e a tradicional festa de Ivana Kupala, tradição da Ucrânia, é banida do calendário. Pouco mais de 30 anos depois, a cidade se prepara para trazer a celebração de volta, mas eventos enigmáticos passam a acontecer.
No elenco, ícones como Cássia Kis, Cláudia Abreu, e atrizes menos conhecidas (na época) que surpreendem, como Maria Ribeiro, e Isabel Teixeira (a Maria Bruaca da nova versão de Pantanal). O elenco masculino é majoritariamente desconhecido, mas já foi visto em pontas de novelas globais, como André Frateschi e Bruce Gomlevsky.
Os jovens, todos novos rostos, que fazem a versão dos personagens em 1988, impressionam pela semelhança com os atores atuais, e pelas ótimas interpretações. Com certeza uma série para assistir sem levantar da cadeira. E, conselho de amigo, não assistir sozinho!






