Eu, escritor Stevan Lekitsch, Escravo da Cultura, e meus assuntos aleatórios...
quinta-feira, 27 de março de 2025
TEATRO: Hoje é o Dia Mundial!
segunda-feira, 5 de agosto de 2024
VAI REBECA! Texto de Milly Lacombe.
TEXTO DE MILLY LACOMBE.
A maior atleta
olímpica brasileira de todos os tempos é uma mulher negra.
E isso importa.
Representatividade importa.
Importa que Rebeca tenha superado dois homens brancos, que faziam um esporte de elite, a vela, com cinco medalhas. Agora ela tem seis.
Importa que ela seja periférica.
Importa porque, isso avisa pra gente que,
com um pouquinho de investimento a gente conquista universos! Imagina com um monte
de investimento!
Importa o Bolsa Atleta!
Importa que o Estado ofereça o esporte como
direito básico universal!
Importa o esporte em todos os lugares do
Brasil!
Importa que a gente veja a nossa bandeira
acima de duas bandeiras de um país imperialista como é os Estados Unidos!
Importa que a Rebeca tenha cantado o hino com
orgulho!
O hino de um país que mata o povo negro
diariamente no ritmo de uma guerra!
Importa que a gente pense a respeito de
todas essas coisas numa conquista tão impossível como essa da Rebeca!
Ela ficou acima da Simone Biles!
E, quando ela (Rebeca) ganhou em Tóquio,
disseram que ela só ganhou o ouro porque a Simone não estava lá!
Importa que ela tenha ganho da melhor
atleta de todos os tempos: a Simone Biles.
Importa tudo isso gente!
Para que a gente se constitua como nação!
Viva o Bolsa Atleta!
Viva o Brasil das periferias
Viva as mães pretas porque, sem elas, não
haveria Rebeca, e não haveria Brasil!
Viva a cultura das frestas!
Viva esse Brasil que representa a gente tão
maravilhosamente bem, mesmo sendo oprimido em doses tão colossais!
VAI REBECA!
Ouça e veja em: https://www.instagram.com/p/C-TAyajxhgW/
quarta-feira, 31 de julho de 2024
PARIS: A Abertura dos Jogos Olímpicos de 2024
Texto de: Alexandre Dattilo. - https://www.facebook.com/alexandre.datilo
Ontem, durante as transmissões, confesso que senti uma certa vergonha alheia pela falta de preparação e conhecimento cultural dos narradores esportivos da Globo sobre o espetáculo apresentado.
Primeiramente, não entenderam a referência à Joana D'Arc, mártir, padroeira e protetora da França, e acharam que ela fosse uma mitológica amazona, só porque era uma mulher cavalgando no rio.
Quanto ao mascarado que navegou nas catacumbas, também não sabiam quem era. Galvão, por exemplo, insinuava que uma celebridade atual seria revelada a qualquer momento. Na verdade, “mascarado” é o apelido carinhoso do próprio personagem principal de “O Fantasma da Ópera”. Ele só entendeu a referência depois, pensando na adaptação musical de Andrew Lloyd Webber dos anos 1980, mas a história original é um clássico da literatura gótica francesa, escrito por Gaston Leroux.
Os brasileiros podem entender muito de bacanal, mas também não compreenderam o que a referência ao deus romano Baco estava fazendo ali. Teve gente que só reparou que ele estava com o saco azul à mostra.
Os narradores poderiam ter explicado ao público que, durante o Império Romano, aquela parte da França era conhecida como a província romana da Gália e que Paris chamava-se Lutécia. O próprio rio Sena, destaque principal da cerimônia de abertura, é na verdade uma deusa celta chamada Sequana, cujo nome foi encurtado ao longo do tempo. Sequana foi incorporada ao panteão de deuses romanos em um sincretismo religioso que integrava a cultura dos povos conquistados à sua própria identidade.
Na parte da homenagem ao cinema, além de mencionar a invenção dos irmãos Lumière, não foi explicado que o filme “Viagem à Lua” é um marco da ficção científica e é uma produção francesa de 1902. “O Pequeno Príncipe” é um clássico da literatura infanto-juvenil, do francês Antoine de Saint-Exupéry. Até os populares Minions, que as crianças adoram e que na cerimônia ajudaram a resgatar o quadro da Monalisa do fundo do Sena... são na verdade criações de mentes francesas, em especial a do ilustrador Éric Guillon.
Existem inúmeras outras referências culturais apresentadas durante o espetáculo. A pira ser um balão é uma ideia sensacional. O nosso brasileiríssimo Santos Dumont, amigo dos irmãos Cartier, testava os seus balões e dirigíveis em Paris, contornando a Torre Eiffel. O avião 14 Bis decolou pela primeira vez dali mesmo, nesta cidade que era o lugar certo para um inventor genial como ele ser visto e reconhecido.
Tenho a impressão de que, se os narradores tivessem contextualizado melhor, a percepção do grande público teria sido ainda mais enriquecedora.
Muitos destes locutores de TV conhecem Paris como turistas endinheirados. Devem se hospedar nos hotéis mais luxuosos de Paris, frequentar os melhores e mais caros restaurantes, e serem convidados a recepções de pessoas muito ricas. No entanto, falta se aprofundar e conhecer a verdadeira história e a cultura deste mesmo lugar.
Quel dommage!
Eu, autor do blog, assino embaixo.
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