sexta-feira, 1 de agosto de 2025

RECLAMAR: Não faz bem pra ninguém, nem a você mesmo, e pode ser crônico!

O artigo aborda o fenômeno comum da reclamação crônica, que se tornou uma forma rotineira de interação social no século XXI. 

Embora a reclamação ocasional seja considerada uma parte normal da experiência humana e até uma válvula de escape, o texto destaca que o hábito de se queixar de forma sistemática e repetitiva tem um impacto negativo significativo na saúde emocional, mental e física, tanto de quem reclama quanto de quem escuta. 

A exaustão emocional ocorre quando esse humor negativo se torna parte da rotina diária.

Especialistas sugerem que a reclamação serve como um mecanismo de enfrentamento para liberar a tensão e buscar validação social, sendo até uma estratégia adaptativa. 

No entanto, o problema surge quando ela se torna crônica e se estende a diversos contextos, uma situação que é agravada pelo uso das redes sociais. Nessas plataformas, a reclamação é frequentemente utilizada por influenciadores como uma tática para atrair seguidores e gerar engajamento, perpetuando o ciclo negativo.

A neurociência explica que o cérebro humano tem um viés de negatividade, um mecanismo evolutivo que o faz focar em problemas e ameaças para garantir a sobrevivência. No entanto, a fixação contínua no que é ruim pode se tornar contraproducente no mundo moderno. 

Estudos indicam que o ato de reclamar de forma crônica pode causar alterações estruturais no cérebro, prejudicando a capacidade de resolução de problemas, a tomada de decisões e as funções cognitivas, o que pode levar a ainda mais frustração. Além disso, as queixas diárias estão correlacionadas com sintomas de ansiedade, depressão, pessimismo e baixa resiliência.

Para combater esse hábito, o artigo sugere várias estratégias. Entre elas, estão a prática da gratidão, o foco na busca de soluções para os problemas em vez de apenas reclamar, a atenção à própria linguagem para torná-la mais positiva e a definição de limites com outras pessoas que tendem a focar no negativo. O texto conclui que ter consciência do hábito de reclamar incessantemente e buscar mudá-lo é essencial para o crescimento pessoal e a melhoria da qualidade de vida.

Autora: María García Rubio é professora da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidad Internacional de Valência (Espanha), codiretora da Cátedra VIU-NED de Neurociência Global e Mudança Social e membro do Grupo de Pesquisa em Psicologia e Qualidade de Vida (PsiCal).


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