sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

22: exposição com textos insinuantes de Mário de Andrade

22: exposição com textos insinuantes de Mário de Andrade

Ainda surfando no sucesso de sua primeira exposição, “Queer Angola”, que atraiu milhares de visitantes para a página do Museu Lusófono da Diversidade Sexual, mostrando pessoas LGBTs angolanas, o museu lança sua segunda exposição virtual.

Com o sugestivo nome 22, uma alusão à Semana de Arte Moderna de 1922 que completou 100 anos, a exposição reúne 11 pinturas do artista plástico chileno Cheo González, assumidamente gay e radicado no Brasil, com 11 textos sugestivos do escritor brasileiro Mário de Andrade, um dos realizadores da semana de arte e ícone do Movimento Modernista Brasileiro.

E por que Mário de Andrade? A saber, o escritor recentemente foi “tirado do armário” ao ser divulgada uma carta que fala da sua sexualidade endereçada ao também escritor Manuel Bandeira.

Cheo González

Com pinturas dramáticas, intensas e expressivas, a exposição traz fundamentalmente rostos distorcidos, angustiados, amargurados, desesperados, com cores fortes e traços incisivos. Vivendo faz cinco anos no Brasil, Cheo já atuou como publicitário, designer, pintor e ilustrador, expondo e publicando obras no Chile, Brasil, França, Rússia, Japão, Alemanha e outros países.

Comandou equipes em projetos de design ganhando mais de 30 prêmios Colunistas e 40 prêmios Lusos, incluindo Grand Prix, Agência do Ano do Brasil, Agência do Ano no Mundo Lusófono, Melhor Revista e Agência do Ano no Colunistas, e ganhou vários prêmios internacionais por design e ilustração editorial.


Mário de Andrade

Foi um poeta, contista, cronista, romancista, musicólogo, historiador de arte, crítico e fotógrafo brasileiro, que viveu entre 1893 e 1945. Um dos fundadores do modernismo no país, criou a poesia brasileira moderna com a publicação de sua “Pauliceia Desvairada” em 1922, e é autor de clássicos como “Amar, Verbo Intransitivo” de 1927 e “Macunaíma” de 1928.

Em 2015 a Fundação Casa de Rui Barbosa disponibilizou para consulta um trecho inédito de uma carta escrita pelo próprio Mário de Andrade em 7 de abril de 1928 ao amigo Manuel Bandeira, na qual fala a respeito de sua fama de homossexual, carta esta que tem um trecho citado nesta exposição.

Exposição

Realizada pela Associação Diversa Arte e Cultura – DAC, com curadoria e expografia de Franco Reinaudo, está dentro da plataforma Google Arts & Culture, na página do Museu Lusófono da Diversidade Sexual.

O museu reúne expressões artísticas de artistas LGBTs dos 10 países e regiões que falam a Língua Portuguesa: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Macau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

Portrait 009 - Cheo González

22 = 11 PINTURAS DE CHEO GONZÁLEZ & 11 TEXTOS MÁRIO DE ANDRADE (EXPOSIÇÃO VIRTUAL)

Link: https://artsandculture.google.com/story/cAXR-urzWS8IqA

Imagens: Cheo González.

Textos: Mário de Andrade.

Curadoria e Expografia: Franco Reinaudo.

Realização: Associação Diversa Arte e Cultura – DAC e Museu Lusófono da Diversidade Sexual.


Plataforma: Google Arts & Culture.

terça-feira, 24 de janeiro de 2023

Emilinha e o Partido Alto brasileiro

De ´´O X do problema``, composto por Noel Rosa (1910-1937), até 1978, Emilinha atravessara mais uma vez, junto a um Brasil musical, quase todos os ritmos que por aqui passaram. 

Suas rumbas, seus sambas, seus boleros e suas canções com versões brasileiras fizeram de Emilinha Borba uma cantora eclética e moderna tendo como resultado sua popularidade, graças a sua simpatia e aos seus ritmos contagiantes e não repetitivos.

Recomendo à vocês, um excelente compacto em vinil lançado por Emilinha no ano de 1978 pela gravadora Anhembi, contendo 4 faixas inéditas, sambas de partido alto que na década de 1970 ganhara força através de intérpretes como Clara Nunes, Beth Carvalho e Alcione, e de seus compositores como Candeia, Monarca, Paulinho da Viola e muitos outros.

Nesse vinil podemos retratar a sutileza da cantora ao interpretar letras tão sentimentais, na faixa ´´ Escola da vida``, Emilinha faz sua volta na televisão, uma nova Emilinha, mas sendo a mesma de quando começou em 1939. 

Uma cirurgia plástica no nariz e outra no rosto, fizeram com que ela se apresentasse ao público com uma nova roupagem. E por falar em roupa, uma curiosidade, essa mesma roupa serviu de modelo para a cantora Edith Veiga, onde Emilinha posou na escada de sua casa para a sessão de fotografias desse disco e de outro, que breve lançaremos aqui no site.

Faixa 1: Escola da Vida (Dora Lopes/Chico Valdez)

Faixa 2: Eu queria que fosse sempre carnaval (Dora Lopes/Chico Valdez)

Faixa 4: Cordão dos tristes (Sebastião Mozart/Chico Melodia)

Faixa 5: Amargura (Noca da Portela/Edinho Biólogo) 

Emilinha também foi matéria no programa da Rede Globo, Fantástico em 1983, pelos seus 40 anos de carreira. 

Nele, apresentou o número ´´Escola da Vida``, samba composto por sua grande amiga e grande cantora, Dora Lopes.

Confira abaixo o clipe ou o acesse através do link do You Tube:

 


(Copie esse link e cole na sua aba do navegador, aperte ENTER e assista o vídeo)

segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

“Primavera no Rio” (marcha, 1934) – Braguinha

Dono de um dos mais vastos e ricos repertórios da música brasileira, Braguinha, nascido no dia 29 de março de 1907, jamais aprendeu a tocar um instrumento musical, compondo suas músicas através de uma das formas mais antigas que existem, e que desde criança se aprende, o assovio. Compositor, cineasta, dublador, cantor, Braguinha trazia no apelido singelo e simples a expressão perfeita para sua alma de criança divertida e brincalhona.

Mesmo em canções que traziam versos um pouco mais reflexivos, nos quais explorava todo seu talento lírico, ao final Braguinha sempre optava pela alegria. Em 1934, Carmen Miranda lançou a marcha “Primavera no Rio”, uma das mais bonitas do repertório de Braguinha, regravada por Dalva de Oliveira e Emilinha Borba.

Ouça em: 


Emilinha Borba cantando "Chiquita Bacana"


O rádio consagrou diversos intérpretes, compositores e ritmos brasileiros, principalmente entre as décadas de 30 e 50 do século passado, período conhecido como a Era do Rádio no Brasil. 

Para termos uma noção deste longínquo e instigante universo musical, nesta edição da Hora de Ouro alguns sucessos dessa época, entre eles a valsa Rosa, de Pixinguinha, gravada por Orlando Silva, em 1937; o samba Falsa Baiana, composto por Geraldo Pereira, na voz de Cyro Monteiro e o baião Adeus Maria Fulô, de Humberto Teixeira e Sivuca, gravado por Carmélia Alves em 1951.

A Rádio Senado fez uma seleção com essas músicas, incluindo Chiquita Bacana de Emilinha Borba. 

Ouça as músicas e a Emilinha no link abaixo:

https://www12.senado.leg.br/radio/1/hora-de-ouro/2022/09/23/classicos-das-decadas-de-1930-1940-e-1950

Nosso livro no site Rota Cult


A cantora de rádio, que foi considerada uma das mais populares intérpretes do século XX no Brasil, ganha biografia autorizada sobre Emilinha Borba, escrita pela historiadora Ângela Cristina Ferreira.

“Emilinha Borba – Eternamente Rainha” é uma biografia devidamente autorizada pela rainha do rádio, que em 2022, completaria 99 anos se ainda fosse viva. Emilinha Borba faleceu em 2005, aos 82 anos.

Nosso livro no site Rota Cult
Leia a matéria completa em: https://rotacult.com.br/2022/09/emilinha-borba-ganha-biografia-autorizada/



Da Era de Ouro aos podcasts

Linha do Tempo do Rádio - Da Era de Ouro aos podcasts

A estátua do Cristo Redentor ainda nem existia quando uma emissora instalada no morro do Corcovado, no Rio de Janeiro, fez a primeira transmissão de rádio da história do País. 

Foi um pronunciamento do presidente Epitácio Pessoa, a 7 de setembro de 1922, parte dos festejos do centenário da Independência.

Na década de 1930 a tecnologia espalhou-se pelo País, levando à criação de emissoras em Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul. Com a disseminação cada vez maior dos aparelhos, teve início a “Era de Ouro”, marcada pelo sucesso de intérpretes como Ary Barroso, Lamartine Babo, Orlando Silva, Marlene e Emilinha Borba, entre tantos outros.

Leia mais em: https://istoe.com.br/o-radio-faz-100-anos/

Mona Vilardo e seu espetáculo sobre as Rainhas do Rádio

Mona Vilardo e seu espetáculo sobre as Rainhas do Rádio
A cantora Mona Vilardo estreou em Setembro de 2022, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, o espetáculo “As Rainhas do Rádio em Concerto”. O evento aconteceu na véspera do aniversário de 86 anos da Rádio Nacional do Rio e fez parte das comemorações do Theatro Municipal pelos 100 anos do rádio no Brasil.

Acompanhada de 18 musicistas que fazem parte da Orquestra Sinfônica de Mulheres do Brasil, com regência da maestrina Priscila Bomfim, Mona Vilardo ela cantou músicas que foram sucesso na voz de Linda Batista (Rainha do Rádio de 1937), Marlene (Rainha do Rádio de 1949), Dalva de Oliveira (Rainha do Rádio de 1951), Emilinha Borba (Rainha do Rádio de 1953) e Angela Maria (Rainha do Rádio de 1954). 

Raquel Júnia e Dylan Araújo receberam Mona nos estúdios da Rádio Nacional do Rio para falar sobre o espetáculo e contar mais sobre a carreira.

Ouça a entrevista no link: https://radios.ebc.com.br/revista-rio/2022/09/mona-vilardo-participa-do-revista-rio

Veja o vídeo do projeto no YouTube: 


TREMEMBÉ: A Hollywood dos Criminosos Brasileiros

Assisti numa sentada só a nova série "Tremembé" do Prime Vídeo. E adorei! Primeiro porque conheço Tremembé (SP) , a cidade, não o...